Novamente escrevemos aqui sobre esse assunto, a exemplo de publicação feita dia 28 de agosto de 2013, porque o desequilíbrio de uso dos recursos na Terra é um assunto alertado pela ciência e imprensa especializada desde a década de 70, com o início da crise do Petróleo e o crescimento da poluição generalizada.
Agora temos desequilíbrio climático, a crise da água e a crise de produção de alimentos, também já previamente anunciados. Há 14 anos uma instituição internacional, a Global Footprint Network – GFN (Rede Global da Pegada Ecológica) parceira da rede WWF (WWF World Wide Fund for Nature (WWF, "Fundo Mundial para a Natureza), trabalha para mensurar o cunsumo humano de recursos no planeta e sua capacidade de fornecimento.
O Earth Overshoot Day, em português Dia da Sobrecarga da Terra, é o marco anual de quando a demanda da humanidade sobre a natureza ultrapassa a capacidade de renovação possível para o ano. A data foi criada pela Global Footprint. A cada ano esse tempo reduz, como mostra tabela abaixo:
Isso significa que, a cada ano que passa, estamos consumindo os recursos do planeta mais rápido que sua capacidade de regenerar-se. Ponto.
"Os dados da GFN apontam que a quantidade de emissão de CO² compõe mais da metade da demanda sobre a natureza. Os custos deste excesso ecológico estão se tornando cada dia mais evidente com o desmatamento, a seca, a escassez de água doce, a erosão do solo, a perda de biodiversidade e o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. Este último é uma preocupação constante por conta das mudanças climáticas. Consequentemente, os governos têm como prioridade tomar medidas para definir como melhorar o desempenho econômico de longo prazo de sua nação sem deixar de pensar em ações para melhorar a relação do homem com a natureza.
Sozinha, a pegada de carbono da humanidade mais do que duplicou entre 1961 e 1973, quando o mundo entrou em Overshoot ecológico. Continua a ser o componente de maior crescimento do fosso crescente entre a Pegada Ecológica e a biocapacidade do planeta”, afirma Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network”. (Fonte: http://wwf.org.br/)
São dados preocupantes, que carecem de atenção dos governantes de cada Nação e de instituições e organizações privadas, para que medidas realmente providenciais possam dar andamento à mudanças que possam promover um retrocesso ou uma melhoria nesse quadro.
As populações de países subdesenvolvidos, tenderão a aumentar em um número que, embora não seja claro, já chega perto 1 bilhão de pessoas que passam fome no mundo.
O que fazer?
O que cada um de nós pode fazer?
Um Programa exibido pelo TED Talks, (em português Tecnologia, Entretenimento, Design), um cientista apontou que hoje existem cerca de 1 milhão de organizações particulares, que trabalham para disseminar idéiais de melhoria e, como diz a própria instituição, fundada em 1984, sem fins lucrativos, para realmente dar oportunidade de divulgação às boas pesquisas, as idéias boas merecem ser disseminadas. O problema, como apontou o palestrante, é que essas organizações ainda não se comunicam para que a força seja o fator de mudança necessária.
Mas, individualmente, podemos fazer, no nosso dia a dia, pequenas e graduais mudanças de comportamento e de paradigma de visão, que podem influenciar um e contribuir.
No Brasil, nem temos coleta seletiva de lixo eficiente!
Mas, podemos reduzir o consumo de inutilidades domésticas e diárias, que fazem a diferença e, aos poucos, vamos aprendendo, e muito, e ensinando muito, como nosso exemplo, as outras pessoas.
FONTE: http://planetasustentavel.abril.com.br/
VIVIANE TELES