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MEIO AMBIENTE

A CRISE DA ÁGUA E O FUTURO DO PLANETA

                 Novamente escrevemos aqui sobre esse assunto, a exemplo de publicação feita dia 28 de agosto de 2013, porque o desequilíbrio de uso dos recursos na Terra é um assunto alertado pela ciência e imprensa especializada desde a década de 70, com o início da crise do Petróleo e o crescimento da poluição generalizada.

                  Mares, oceanos, geleiras, rios subterrâneos, lagos, neves eternas, a água está por todas as partes do planeta sob as mais variadas formas, cobrindo 70% da superfície terrestre. Acontece que quando comparamos a disponibilidade deste recurso natural precioso com o tamanho da Terra, surpresa: há pouquíssima água potável no mundo. Encontramos dados entre 2,5% e 4% apenas com água apropriada para consumo humano.

                  Para dar uma noção visual dessa limitação, o Serviço Geológico Americano criou a imagem acima que mostra como seria se toda a água do planeta fosse colocada dentro de uma esfera. O diâmetro dessa “bola” d´água seria de cerca de 1.385Km, um pouco mais do que a distância entre a cidade de São Paulo e Pelotas, no Rio Grande do Sul. Já em volume, seriam 1,3 milhões de quilômetros cúbicos.

                   Se considerarmos que somos 7 bilhões de habitantes e em crescimento, já que nos multiplicamos de forma galopante nos últimos anos; se considerarmos que não estamos fazendo muito para conservar esse volume de água e  se considerarmos ainda que a poluição de toda a bacia hidrográfica planetária é crescente, então temos uma crise.

                  E a crise da água é silenciosa.

                  Atualmente, já há cerca de 1 bilhão de pessoas, 11% da população mundial, que não têm acesso a água potável e isso é em todo o planeta, especialmente nas áreas em desenvolvimento como África, Sudeste Asiático e América Latina. Ainda temos 37% que sofrem com a ausência de redes de esgoto e cerca de 5 mil crianças que morrem diariamente por doenças causadas por água de má qualidade.

                  De acordo com a ONU, o controle do uso da água, nos dias de hoje e no futuro do planeta, significa poder aos seus detentores. Os níveis de desigualdade social entre países desenvolvidos e em desenvolvimento cada vez mais evidenciam a crise mundial dos recursos hídricos, principalmente em locais onde o acesso à água potável atinge níveis críticos de escassez. O estudo aponta que em países do continente africano a média do consumo de água por pessoa é de 19 m³ por dia, o que equivale a até 15 litros por pessoa; em cidades norte-americanas, como Nova Iorque, a média do consumo de água potável por pessoa pode chegar a 2 mil litros por dia.

                 Ainda de acordo com a ONU em 2000 era estimado que em 25 anos quase metade da população mundial ficaria sem acesso à água potável devido ao elevado índice de natalidade dos países e do grande desperdício de água potável. Nos últimos 50 anos o crescimento da população mundial foi três vezes maior comparado aos anos anteriores, o que ocasionou no aumento do consumo de água seis vezes maior.

                   Apesar de o Brasil concentrar boa percentagem de volume de água em suas fronteiras, nem 1% de todo o seu potencial é utilizado e grande parte do recurso que é utilizado está poluído ou sendo desperdiçado. Somado ao quadro de má distribuição, há uma interferência das mudanças climáticas regidas principalmente pelo aquecimento global.

                    Então nos perguntamos: o que pode ser feito?

             A água nas suas várias dimensões, em seus aspectos: educativos, culturais, religiosos, éticos, sociais, políticos, jurídicos, econômicos, etc., possui abordagem trans-disciplinar e holística.
                    Quais são as problemáticas e os desafios, a nível global e local em seu entorno?
                    Como devemos proceder (deveres) na cooperação pelos direitos da água e como bem comum?

                    Com o objetivo de chamar a atenção de empresas, governos e da população mundial para tal desafio, a ONU declarou 2013 como o Ano Internacional da Cooperação pela Água. A campanha sugere a criação de uma rede de cooperação internacional para enfrentar os desafios relacionados à administração e distribuição dos recursos hídricos e traz discussões sobre os desafios na gestão, distribuição e serviços proporcionados por este bem.

                   Paralelo ao Ano Internacional da Cooperação pela Água, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o período entre 2005 e 2015 como a Década Internacional para Ação, “Água, fonte de vida”.

                    E em termos práticos podemos fazer alguma coisa?

                  Sim e muito. Melhorar nossos hábitos e desenvolver um consumo consciente simples no nosso dia a dia que somado e multipli- cado em termos populacionais, pode ter resultados significativos.

                    Em números, quanto desperdiçamos?

- Escovar dentes com torneira aberta = 80 litros
- Lavar louça com torneira aberta = 100 litros
- Lavar carro com mangueira em meia hora = 560 litros
- Lavar calçada com mangueira = 280 litros
- Banhos longos = 95 a 180 litros

                   O quadro abaixo ilustra aquilo que consumimos sem perceber.

 

                   Uma pessoa consciente preza pela natureza, pensa no seu semelhante, no impacto de cada pequena atitude individual, em prol de um mundo melhor.

 

FONTE: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

VIVIANE  TELES

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